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O Hacker Matemático

Texto muito interessante sobre como a matemática não é apenas uma ferramenta opcional para programadores, mas a base do conhecimento sobre computação. Gosto muito da parte em que o autor ressalta que os maiores picos de desenvolvimento tecnológico estão ligados ao uso avançado de matemática (nos dias de hoje, pense em Big Data, aprendizado de máquina etc).

Extendendo a análise à engenharia (o meu campo profissional), esse texto corrobora uma opinião muito forte minha: as disciplinas de matemática (Cálculo, Álgebra Linear) não são um ‘mal’ necessário, mas o alicerce da engenharia. Sei que isso pode provocar chuvas de comentários de estudantes de engenharia, que não entendem por que têm de passar por 4 (!) cursos de Cálculo (pelo menos na minha Universidade) antes de começar a fazer Engenharia de verdade, mas a maturidade nesse assunto vem com o tempo.

Eu sei que é estranho uma pessoa da minha idade falar desse modo, como se eu tivesse anos de experiência, por isso ressalto que essa é apenas uma opinião minha. Em favor do meu argumento, porém, há o fato de que todo o meu trabalho desde que me formei é estudar o que está sendo feito de mais avançado em engenharia (dentro das minhas áreas de estudo), e um padrão é muito evidente: os livros e artigos que mais impactam a comunidade científica estão recheados de matemática avançada. Porém, as principais ideias (não raramente derivadas de teoremas básicos do Cálculo) desses trabalhos não são abstrações; são resultados concretos, que podem ser aplicados no projeto de componentes de engenharia. A matemática ajuda a mostrar que esses resultados funcionam para uma variedade de situações.

O Cálculo também está por trás dos métodos de otimização, que são geralmente o ápice dos projetos de engenharia. Por consequência, são aquelas aulas e listas de Cálculo que ajudam engenheiros diariamente a projetar sistemas cada vez mais leves, mais potentes e mais energeticamente eficientes.

A matemática não “complica” a ciência e a engenharia; ela uniformiza e fornece uma linguagem universal.

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Resultados que a organização traz

A Thais Godinho publicou um ótimo post sobre os resultados que a organização (e por consequência a produtividade e a gerência do tempo) trouxe a ela.

Lembrar do nosso último texto como foi um livro dela que me abriu mais a cabeça sobre essa abordagem “de cima para baixo” em relação à definição de tarefas: comece pensando naquilo que você quer alcançar ao fim da vida, pense em como isso pode ser alcançado daqui a 5 ou 10 anos, e quebre em pequenos projetos que você vai conduzindo ao longo de 1 ou 2 anos.

Perceba também no texto da Thais um outro tema que vamos abordar cada vez mais aqui (inspirando por algumas leituras que ando fazendo): a importância do trabalho duro. Se eu quero me diferenciar e conseguir coisas que os outros não conseguem (como fazer um bom doutorado, no tempo regulamentar, ter artigos publicados e entrar logo em uma boa universidade), preciso fazer coisas que os outros não fazem, ao trabalhar mais e melhor.

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Como Ler Livros segundo The Art of Manliness

Explorando os arquivos do blog do The Art of Manliness, cujo podcast é um dos meus preferidos, achei este post com uma análise de Como Ler Livros (How to read a book), um assunto recorrente por aqui. O texto (em inglês) resume bem a essência do livro e apresenta alguns exemplos.

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Como eu configuro meu teclado

No meu outro blog, acompanhe minha insanidade enquanto eu desabilito a tecla de Caps Lock e transformo o Enter numa outra tecla Ctrl.

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Melhorar o transporte público para quem usa transporta público, e não para quem vai de carro

Da Folha, interessante reflexão muitas vezes esquecida sobre transporte público, citando o urbanista Ricardo Montezuma:

É necessário melhorar o transporte público para quem usa o transporte público, sem pensar em quem usa o carro. É preciso evitar que o usuário de transporte público ache a qualidade ruim e queira mudar para o carro. O usuário do carro particular nunca vai deixá-lo por achar que os coletivos são bons. Você deve ter em mente que a imagem do transporte público é sempre ruim, em qualquer lugar do mundo. Mesmo na Suíça e Suécia, seus transportes públicos, excelentes, recebem notas ruins. Em geral, mesmo os bons sistemas recebem notas em torno de seis sobre dez.

O transporte público de Florianópolis tem melhorado muito, mas é preciso prestar atenção em algumas ineficiências. Eu moro do lado de uma grande avenida da cidade, a principal do meu bairro, e só existe uma linha que me leva até o terminal central, e ainda com menos de dez horários ao longo do dia. E para ir até a casa da minha namorada, um trajeto de mais ou menos 15 minutos de carro, também só existe uma outra linha, que não tem nem horário nos fins de semana.

(Eu sei, fugi dos meus temas habituais, mas este blog é sobre as coisas que eu faço e de que gosto e eu ando bastante de ônibus).

 

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Sobre fazer melhor o trabalho

Enquanto isso, no meu outro blog, venho escrevendo uma série de textos tentando entender como trabalhar melhor (e por trabalho eu digo qualquer coisa que melhora a nossa vida, como ler um livro):

 Hence, to do better at something requires us to learn how to play with the experience, to fully immerse in it, to put one self in a state of deliberate focus, so that nothing else pops in our head.

However, according to Dini, there is one other factor, often neglected in texts about productivity, and that is of mastery. To do good work, you must be good at work. In particular, doing work should be natural. If I was assigned a task of creating a video, and I immersed myself in the experience, with no distractions, I still would not be able to produce a good video, as I’m not familiar with the process and have not developed any intimacy.

Hence, optimal work and experiences arise when weplay with them, having mastered them and in a state of full focus. All the rest of the study of productivity, organization and workflow come from this premise.

E, no texto seguinte, tento entender o que nos atrapalha nesse objetivo.

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Sobre anotações no Kindle

Mark O’Connell, escrevendo para The New Yorker:

The Kindle allows for electronic marginalia via the “notes” function, but it feels all wrong: something about having to call up a menu and type a note on the keypad, with its little stud-like plastic buttons, makes the whole process seem forced and contrived. Marginalia are supposed to be spontaneous and fluent.

Eu ganhei um Kindle neste ano, e estou amando o dispositivo. E, embora o teclado seja péssimo, eu adoro fazer anotações. Para mim, o mecanismo de chamar um menu não representa nenhum impedimento à fluidez, e sim uma grande vantagem: como as notas não ocupam espaço físico e nem se mesclam com o texto, é possível escrever notas e pensamentos elaborados, não limitados pelo tamanho da margem.

Além disso, você pode ver todas as notas de uma vez, compatilhá-las, pesquisar dentro delas, e coisas que só podem se fazer no mundo digital.

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Note to Selfie

John Dickerson:

When you pause to write about something—even if it’s for Twitter or
Facebook—you are engaging with it.

Já se tornou um clichê tão grande criticar as pessoas que tiram fotos e
tuítam sobre tudo que quando alguém apresenta um ponto de vista
diferente a reação imediata é de surpresa.

Nessa belo texto, Dickerson argumenta que o fato de você registrar um
momento mostra que ele significa algo tão importante para você que você
está dedicando um tempo para registrá-lo e compartilhá-lo com outras
pessoas.

É um ponto de vista interessante. O meu problema não é com a frequência
com que as pessoas compartilham é com a qualidade do quê se
compartilha. Se alguém vai em um restaurante e publica que a comida é
maravilhosa, isso é uma utilidade pública. Se publica uma foto de si e
do seu cônjuge num jantar maravilhoso, com uma legenda do tipo “10 anos
de casado”, isso faz com que eu, como humano, me sinta tocado.
Realmente, como disse Dickerson, essas pessoas deram um sentido maior ao
evento em questão ao parar e registrar seus sentimentos.

Por outro lado, se alguém simplesmente faz um check-in do restautante no
Foursquare que automaticamente aparece no Twitter, essa pessoa só quer
se mostrar. E tem gente que só usa as redes sociais para isto.

Eu sigo muitas pessoas que são desconhecidas para mim, e elas geralmente
publicam coisas muito interessante, mas também trivialidades que não me
interessam. Não me importa — são pessoas reais que estão por trás
dali, e ninguém é interessante 24 horas por dia.

Meu problema é com tuítes do tipo “Oie”, “Bom dia”, “Que fome”. Dezenas
de fotos seguidas do cachorro. Xingamentos do time adversário que fez
gol. Isso não acrescenta absolutamente nada.

Não se trata de compartilhar mais ou menos, e sim de compartilhar
melhor.

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Let It Full-Bleed

MG Siegler:

Load up your favorite tech blog. Or almost any blog, really. There’s a
good chance it looks like shit. There’s a better chance that the
reading experience is even worse. And we put up with it, day in and
day out.

(via Ben Brooks)

Eu gosto muito de ler blogs (e até indiquei os blogs que leio),
então eu prezo muito a qualidade do design de um blog. E sou obrigado a
concordar: muitos sites são horríveis, com um design amador e recheado
de anúncios e chamadas para outras matérias ou posts.

Eu não tenho nada contra anúncios em sites — este blog tem. Eles
ajudam a pagar os custos de se manter uma página. Mas eu acho que eles
tem de ser discretos, e não podem desviar completamente a atenção do
conteúdo principal. Que, por sua vez, deve ser bem formatado.

Como escritor, eu tento garantir que a leitura dos meus textos seja a
mais agradável possível. Eu ainda estou começando no mundo de criar
websites, por isso uso os temas do WordPress.com, mas eu
periodicamente faço uma avaliação e vejo se não tem algum tema melhor.
Ontem fiz isso: mudei para o tema Twenty Thirteen, que é mais bonito e
tem uma versão muito melhor para dispositivos mobile. Espero que o
leitor aprecie.

E, claro, qualquer sugestão sobre o design do site é bem vinda.

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Vamos construir uma Web diferente? | Vladimir Campos

Vladimir Campos:

No App.Net (ADN) as regras são outras e bem diferentes. A partir do
momento que a rede não é 100% gratuita, a receita não vem de
publicidade. Isso garante que as coisas são muito mais claras. É preto
no branco! Tudo que eu publico por lá, você que me segue, verá.
Simples assim!

Além disso a rede foca na criatividade do desenvolvedor. Você não
encontrará por lá um mundo construído como no Facebook, Google+ e
Twitter. Quem constrói a rede são os desenvolvedores. Eles criam
blocos como numa construção feita com Legos que tomam como base algo
sistematizado pela equipe do ADN. Todos esses blocos estão em um
diretório de aplicativos
. Com um mesmo log-in e senha você tem
acesso qualquer um deles.

Vladimir Campos já se tornou meu escritor favorito de tecnologia e esse
post é uma das melhores leituras da semana. Estamos nos acostumando a
usar a Web de graça e em troca receber uma enxurrada de anúncios. Dito
de outro forma, em 2013, estamos dizendo “amém” a um modelo de negócios
praticado há meio século pelos canais de TV.

É difícil, mas acho sim que podemos construir uma Web melhor. A minha
conta do Instagram, por exemplo, já foi deletada, por cansar de ver
fotos das meninas me mostrando o esmalte da semana e dos meninos
mostrando a cerveja do dia. Que valor tem isso? A minha conta no
Facebook já está pronta para o fim,  e a o do Twitter não deve aguentar
muito. Está ficando muito cansativo filtrar a quantidade de porcaria que
existe nessas redes.

Eu já tinha testado o App.net, desisti, e depois desse texto,
voltei. Agora estou explorando, com calma, as possibilidades. Ainda
é cedo para eu chegar a alguma conclusão. Assim, enquanto espera, vá ler
o texto do Vladimir.