Há algumas semanas, em parte tentando economizar e parte como um exercício de penitência, eu cancelei minha assinatura do Spotify.
Existem duas situações principais em que uso o Spotify:
- Na esteira da academia
- Trabalhando
O primeiro foi fácil de resolver. Eu tenho uma seleção razoável de músicas na minha conta no iTunes, que podem ser exportadas para o app do Google Play Music no meu Moto X. Como essas músicas já foram compradas, eu não gastaria nada a mais para ouvi-las, e ficaria sem a possibilidade de experimentar música nova a cada dia, que era uma minúscula privação a que eu estava disposto a me submeter. Ou eu podia simplesmente escutar algum bom podcast.
Já a segunda situação foi bem mais difícil, e foi o que me motivou a assinar o Spotify de volta.
O Spotify já não é mais um luxo para mim, mas uma das minhas ferramentas de trabalho mais importantes. Se você tiver a chance de me observar no laboratório onde trabalho, frequentemente vai me ver com fones de ouvido, lendo, escrevendo ou programando. Além de ajudar a isolar parte do barulho de equipamentos e conversas e de servir como um sinal de “não perturbe”, a música efetivamente me ajuda a me concentrar. Não qualquer música, naturalmente, mas algo instrumental, clássico, calmo. Minhas playlists favoritas são:
- Acoustic Concentration
- Composer Weekly
- Deep Focus
- Focus Now
- Ultimate Epic Movie Scores
- Bach 50: Spotify Picks
Uma situação que tem se tornado típica é escutar a essas playlist mesmo longe do computador. De fato, o que me fez assinar de volta foi uma viagem que fiz a um congresso; estava levando material impresso para estudar e sabia que ir escutando música ia fazer diferença, e a conta Free do Spotify não permite sincronizar as músicas com celular para ouvir offline (como eu estaria no avião). Acredite: os trajetos de avião ficaram bem mais produtivos com algumas das playlistas acima a postos no meu bolso.
Para usar os termos do post anterior, escutar esse tipo de música é parte essencial das minhas sessões de trabalho.
O Spotify também é um excelente exemplo da diferença entre custo e valor. O Spotify me custa pouco (de tal forma que o valor economizado com o cancelamento da assinatura ia ter pouco impacto nos meus objetivos financeiros) mas me traz muito valor. Como Gustavo Cerbasi falou num vídeo recente, o importante não é simplesmente cortar gastos, mas cortar aquilo que não contribui na sua qualidade de vida. Como um exemplo de situação oposta, recentemente cancelei minha assinatura em um daqueles Clubes de Cerveja: por mais que seja interessante, eu achava que estava gastando muito dinheiro e não encontrava satisfação (frequentemente recebia cervejas que não eram do meu gosto, por exemplo). Economizar esse valor mensal foi uma decisão fácil.
E o leitor, costuma ouvir música enquanto trabalha? Tem algum estilo preferido? Respondam nos comentários!
2 respostas em “Spotify como ferramenta de trabalho”
[…] equações dá trabalho. Vou repetir: eu posso ler o seu artigo depois, com calma, de preferência escutando música clássica. Na sua apresentaçao, eu quero ter um panorama do seu modelo matemático, entender de onde você […]
[…] o final do ano de 2016, minha escolha para isso era o Spotify, em parte graças à sua extensa coleção de playlists de “foco” (as minhas preferidas […]