Veja a minha lista de livros lido na estação anterior
- O Caminho do Artista, Julia Cameron – muito mais religioso que o esperado, aborda como podemos usar a escrita diária de 3 páginas matinais para nos curar de angústias passadas, e propõe exercícios de escrita, como escrever uma carta de desculpas, ou relatar a sua infância (algo que me fez lembrar de Bird by Bird, que li no ano passado). Para alguém que gosta de escrever como eu, esse livro é sensacional e propõe muitas reflexões. Estou frustrado ou ansioso com algo? Pego meu caderno e derramo todas as preocupações no meu caderno – e encontro solução todas as vezes, apenas pelo ato de escrever.
- The Power of Story, Jim Loehr – o começo tem clichês demais e conteúdo de menos sobre construir a vida que você quer através de uma narrativa, do tipo “que história vão contar de você quando morrer”. Após os dois primeiros capítulos, esse livro começou a conversar com o livro acima e propôs vários temas para minhas páginas matinais onde eu pude refletir sobre diversas áreas da minha vida, e identificar problemas. Assim como o blog da Laura Vanderkam, ajudou-me a parar com a narrativa de “eu não tempo para me exercitar” e aceitar que sou eu que não dou um jeito de encaixar isso.
- O Espetacular Homem-Aranha – O Nascimento de Venom, David Michelinie & Todd McFarlane – estou, muito tardiamente, tentando entrar no mundo dos quadrinhos Marvel. Uma pergunta: todas as histórias do Homem-Aranha são narradas por ele mesmo (“agora vou lançar minhas teias nele”)?
- Homem Aranha: Carnificina Total, vários autores – outra graphic novel, mas esta muito mais no sentido de “aventuras por Nova York”, e menos sobre a relação de personagens
- Aprendizagem baseada em Projetos, William N. Bender – um dos piores livros de pedagogia que li, e um exemplo de “livro que poderia ser um post de blog”. Além disso, os exemplos onde o autor (americano, velho, branco) quer gamificar a escravidão me deixaram extremamente incomodado.
- Siga em frente, Austin Kleon – adivinhem quem é o autor? Tema do livro: rotinas, rotinas, rotinas, nos dias bons e nos ruins.
- A Mind at Play, Jimmy Soni & Rob Goodman – biografia de Claude Shannon, o pai do conceito de Informação como usamos hoje (como em “Tecnologias da Informação”, por exemplo). Acho que os autores romantizam demais a não-seriedade de Shannon; além disso, como professor que eu sou, sei que o exemplo de um professor do MIT que mal dá aulas e faz pesquisa, e está ali apenas para adicionar prestígio, é a exceção da exceção.
- Os Senhores do Norte, Bernard Cornwell – excelente romance histórico, e o primeiro desta série que me fez ficar com raiva genuína dos vilões, e também realmente alegre quando as coisas davam certo.
- Divergente, Veronica Roth – uma história jovem, jovem demais para mim, mas é entretenimento puro. No nosso mundo de 2022, fala-se muito em liberdade como a coisa mais importante do mundo; o que acontece quando isto explode, e um mundo surge onde o individualismo é declarado inimigo público, e você só pode fazer o que importa para a sua comunidade?
- Harry Potter e a Câmara Secreta, J. K. Rowling – outra história jovem demais para mim, mas ao contrário do livro acima, que foi novidade, esse vale pela nostalgia de reler. É um dos livros menos notáveis da série, de maneira que não tenho mais comentários.
- Your Money or Your Life, Vicki Robin & Joe Dominguez – não é à toa que é um dos melhores livros sobre finanças das internets. Para que serve mesmo o dinheiro? E quando você realmente ganha de salário, se tem de descontar por exemplo o tempo e a gasolina gasta nos deslocamentos?
- Os sussurros do caos rastejante, texto de Fábio Yabu com desenhos de vários artistas – a graphic novel do #NerdcastRPG, e um dos melhores livros que li nesse ano. Uma sucessão de histórias sobre família, loucura, religião, ciência.
- Flow: Living at the peak of your abilities, Mihaly Csikszentmihalyi – o único audiobook desta lista. Li pensando ler um livro sobre produtividade, descobri que é sobre felicidade.